11 setembro 2018

  


  Aprendendo a conviver com as crises do arrependimento. Se o rumo fosse outro talvez eu não fosse feliz, mas na minha cabeça estou onde estou por não ter seguido o caminho aparentemente certo.

 Me desfiz de mim. Joguei fora, doei, vendi. Agora, como ser nostálgica que sou, sinto falta. Muita falta. Tento me acalmar e dizer que aquilo ficou no passado, assim como as escolhas que tomei para estradas diferentes. Mas me encontro em um círculo de culpa sem fim. Onde a dor e a falta não param de sufocar meu coração. Tendo que lidar com a vida jogando imagens na minha cara, tendo que engolir palavras que ferem. Tendo que respirar fundo, fingir que não se importa e tentar ser forte para não demonstrar o choro engasgado. Percebo a distância, percebo a vida levando as pessoas, mudando. Parece que passei a vida parada olhando todos indo e vindo. Não aguento mais escrever sobre um vazio que desde muito cedo se instalou, virou crise existencial e agora não passa de um companheiro incômodo. Sempre consegui me adaptar, mudar e me habituar, me refazer, mas agora não parece eu, não parece minha vida e nem minhas escolhas. Não quero mudar, não quero recomeçar.
  Quero ser eu, quero terminar. Quero ter certeza, quero amizades concretas, quero acalmar esse coração que insiste em se revoltar. Ele quer o que quer e quer pra já!

-T

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